O escritor Fernando Pessoa escreveu: “a memória é a
consciência do tempo”. O Tribunal de Contas do Estado seguiu a lição do mestre
português, com a instituição da Medalha do Mérito Governador Dinarte Mariz, em
2003, com o objetivo de registrar e reconhecer contribuições marcantes para a
sociedade potiguar nos campos político, cultural e científico.
Instituída em
15 de abril de 2003 pela Resolução 004/2013, e chegando em 2017 à sua 14ª
Edição, a Medalha do Mérito Governador Dinarte Mariz tem o “propósito de
reverenciar a memória das pessoas que, ao longo de sua existência, ofereceram
relevantes contribuição ao desenvolvimento da sociedade, mediante realizações marcantes
no campo cultural, político ou técnico-científico”. Desde então o Tribunal de
Contas do Estado agraciou 116 pessoas, das mais diversas áreas: religiosos,
cientistas, políticos, artistas, etc, até o ano passado. Com os 11 agraciados
de 2017, a Medalha do Mérito chegará a 127 pessoas homenageadas.
A escolha
de Dinarte Mariz para nomear a homenagem concedida pelo TCE é automática e
necessária: foi o responsável pela criação da Corte. A primeira edição, em
2003, contou com discurso do conselheiro Valério Mesquita, que fez uma saudação
à memória de Dinarte. “Minha saudação tem a força de um depoimento sobre um
homem que para todos legou uma atitude concreta em favor da verdade: a
consciência e o descortínio de criar o Tribunal de Contas do Rio Grande do
Norte. A sua intuição política, a visão administrativa ao dar início à
fiscalização contábil dos gastos públicos , colocaram nas mãos do cidadão uma
arma preciosa contra o gestor”, disse.
O primeiro
discurso realizado por ocasião da Medalha do Mérito Governador Dinarte Mariz
ressaltou também a importância da memória, e a contribuição que a homenagem
poderia dar a sociedade potiguar. Como se sabe, na fragmentação do cotidiano
nem sempre é possível reconhecer os atores responsáveis pelo progresso. A
medalha é uma das iniciativas que visam preencher esse vácuo.
“O que
caracteriza e une, mesmo nesta sala, as medalhas conferidas? É o privilégio de
condutores, modelos de vida pelo exercício de uma liderança, atitude legítima
no contexto sócio-político do nosso Estado. O Tribunal considerou os valores
humanos e a vocação de servir. Inspirou sua decisão em homenagem às
personalidades vistas sob a iluminação social, jurídica, administrativa e
cultural”, disse. E complementou: “Cada geração concorre, de uma forma ou de
outra, para o “modus vivendi” das gerações subsequentes. O Tribunal, ao
homenageá-los, quis enaltecer a contribuição que prestaram em favor do
aperfeiçoamento das instituições e o bem comum”
FONTE REVISTA TCE RN
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